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A alma criativa do Grupo Um

Atualizado: 29 de jul.

A playlist a seguir propõe um mergulho – ainda que não tão profundo, já que a discografia completa não está disponível nos streamings – na sonoridade ousada e visionária do Grupo Um, que em 2025 completa meio século de existência. Formado pelos irmãos Lelo (piano) e Zé Eduardo Nazario (bateria) – que também tocaram com Hermeto Pascoal –, o Grupo Um construiu uma das obras mais singulares da música instrumental brasileira. Conhecidos (menos do que merecem) por três discos icônicos — Marcha Sobre a Cidade (1979), Reflexões Sobre a Crise do Desejo (1981) e Flor de Plástico Incinerada (1982) —, eles desafiaram rótulos, formatos e o próprio tempo. Esta seleção traz 10 faixas que revelam a total liberdade de improvisação, o lirismo poético e a radicalidade estética. Viaje – sem medo do destino – pelos improvisos e pela experimentação que define o Grupo Um.



1. Onze por Oito – Um tema enérgico e complexo que já anuncia a veia matemática do grupo — o compasso composto já sugere o título.


2. Suite Orquídea Negra – Um mergulho na essência do brazilian jazz segundo o Grupo Um: o timbre clássico de piano, baixo e bateria já diz tudo.

3. Porão da Teodoro – Um solo de bateria poderoso, que evoca a inventividade que brotava no Lira Paulistana no início dos anos 1980.

4. Organica – Faixa hipnótica e livre, em que a música nasce do silêncio. Uma costura sonora feita de escuta e intuição.

5. Sangue de Negro – A bateria de Zé Eduardo Nazario domina os espaços com percussão ritualística e vozes que tocam o campo do misticismo.

6. Marcha Sobre a Cidade – A faixa-título do primeiro disco é o “hit” do grupo, surgido do solo final da música anterior.

7. Fragmentum – Psicodelia e abstração em uma performance que mostra que a música não precisa chegar a lugar algum — e mesmo assim nos move.

8. Dala – O sax de Mauro Senise, a percussão de Carlinhos Gonçalves e o baixo de Zeca Assunção formam um diálogo surreal com os irmãos Nazario.

9. Velho Novo Mundo – Uma faixa que comprova: a música pode ser universal, livre e inclassificável.

10. Cortejo dos Reis Negros – Criatividade em estado puro, com ritmo, alegria e imprevisibilidade.

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