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14 guitarristas que redefiniram o jazz


Se o jazz está sempre aberto a novas ideias, isso fica ainda mais evidente quando o instrumento em questão é a guitarra. Timbres, estilos, escalas, fraseados, fusões… São tantas variáveis que fazem o instrumento soar de maneiras completamente distintas.


Do “Pelé da guitarra”, Wes Montgomery, aos mestres das fusões John Scofield e John McLaughlin, passando por nomes como Pat Martino, Kenny Burrell e George Benson, que fizeram ou ainda fazem a guitarra soar com aquela sonoridade jazzística inconfundível, esta playlist é um mergulho em temas expressivos (alguns brasileiros) e improvisos que levam as harmonias às últimas consequências.


E calma: antes que alguém diga que faltaram brasileiros como Laurindo Almeida, Bola Sete, Hélio Delmiro ou Heraldo do Monte, já estamos preparando uma playlist só com os nossos gênios das seis cordas.


Ainda assim, muita gente ficou de fora. Na sua opinião, quem merece entrar nessa lista?


1. Wes Montgomery; Here's That Rainy Day

O G.O.A.T da guitarra semi-acústica, mestre em tocar notas oitavadas que deram uma nova sonoridade ao estilo, aqui em mais uma performance perfeita.   


2. Joe Pass; Daquilo que Eu Sei

Joe Pass, um dos mestres do improviso e famoso por suas performances solo, mostra maestria sobre um tema clássico de Ivan Lins.


3. Pat Martino; Sunny

Quase todos os guitarristas de jazz gostariam de saber flutuar sobre o braço da guitarra como Pat Martino. Ele adorava transformar tudo em jazz, em improvisos que pareciam não ter fim — como em Sunny, um dos clássicos absolutos do soul jazz - aqui, em uma versão ao vivo e sem maquiagem.  


4. Jim Hall & Pat Metheny; Summertime

O violão de aço de Metheny não contrasta com a guitarra aveludada de Jim Hall, conhecido por tocar poucas e certeiras notas. Pelo contrário, esses instrumentos se completam de uma forma singular em um dos temas mais regravados da história, aqui interpretado ao vivo por esses dois gênios da guitarra. 


5. Kenny Burrell; Jeannine

Pat Metheny já assumiu publicamente que Kenny Burrell é uma de suas maiores referências no instrumento. Aqui ele mostra um pouco por que é um dos mestres dos mestres: fraseado atemporal, técnica perfeita e um gosto apurado que atinge em cheio qualquer amante da boa música.


6. Grant Green; Maiden Voyage

Grant Green não parecia ter pressa para chegar a lugar nenhum. Neste tema “modal” de Herbie Hancock, ele entorta e contorna a harmonia em plena sintonia com sua banda. 


7. George Benson; Shell of a Man

Ninguém sabe transformar tudo em jazz de um jeito tão fluido quanto George Benson. Aqui ele se mantém fiel ao tema original e acrescenta a “voz” de suas seis cordas em improvisos que a gente nem sabia que poderiam existir. 


8. Tal Farlow; You Don’t Know What Love Is

Mais rápido do que os dedos de Tal Farlow era o seu cérebro: que habilidade para tocar as notas certas, com uma segurança que o colocou no rol dos maiores guitarristas do mundo. Este mesmo tema foi regravado por pianistas como Keith Jarrett e guitarristas como Pat Martino.  


9. John Abercrombie; Timeless

Conhecimento, inovação, minimalismo… Pode embarcar sem medo nesta viagem: John Abercrombie dá uma aula de guitarra e improvisação.

 

10. Emily Remler; Insensatez

Sem dúvida, uma das melhores versões deste clássico Jobiniano. Suingue, timbre, notas certas… Emily Remler morreu com apenas 32 anos, mas deixou um legado incalculável na música.  


11. John McLaughlin; My Foolish Heart

McLaughlin, conhecido pela fusão de estilos, como o rock e a música indiana, faz sua guitarra soar tranquila, colocando extensões e fazendo os acordes de My Foolish Heart soarem com um sentimento tocante. 


12. Gábor Szabó; Gypsy Queen

Não, não é Carlos Santana. É o guitarrista húngaro Gábor Szabó, que começou a tocar aos 14 anos de idade, cursou a Berklee e não tinha o menor pudor de incorporar todos os elementos à sua música. 


13. John Scofield; Fat Lip

Scofield já disse certa vez que gosta de trazer padrões de saxofonistas ao seu estilo de tocar guitarra. Mesmo assim, neste álbum do início dos anos 1990, ele está mais roqueiro do que nunca (acompanhado do baterista Jack Dejohnette).

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