Chuck Mangione - do smooth ao jazz
- Mario Mele
- 28 de ago.
- 2 min de leitura
A lenda máxima do flugelhorn foi muito além do "easy listening" do jazz
Chuck Mangione é uma lenda do flugelhorn, que apesar de ter se declarado fã de Miles Davis e Dizzy Gillespie, se tornou um dos grandes precursores do smooth jazz, ainda assim, sempre com sua assinatura inconfundível. Ele morreu no dia 24 de julho, em sua casa em Rochester, Nova York, aos 84 anos. Reconhecido mundialmente pelo sucesso “Feels So Good” (tema indispensável em qualquer playlist em sua homenagem), Chuck ajudou a popularizar o jazz para além das fronteiras do gênero, alcançando o topo das paradas da Billboard nas décadas de 1970 e 1980. Ao longo de sua carreira, recebeu 14 indicações ao Grammy e venceu duas vezes, além de compor trilhas marcantes para o cinema e até para os Jogos Olímpicos. Inspirado por nomes como Dizzy Gillespie e Art Blakey, Mangione uniu a improvisação do jazz a melodias acessíveis e assobiáveis até hoje cultuadas – e que atualmente também podem soar deliciosamente nostálgicas para alguns. Sim, sua obra segue viva, exaltando tanto a leveza quanto o mar de sensações que ela causa. Aperte o play e sinta.
1. Feels So Good (álbum Feels So Good, 1977) – Seu maior hit, claro – seria este tema também o hino do smooth jazz?
2. Land of Make Believe (álbum Land of Make Believe, 1973) – Nada de smooth jazz aqui. Voz potente e cheia de vibratos de Esther Satterfield, baixo “agressivo” e o trompete inventivo de Chuck.
3. Bellavia (álbum Children of Sanchez , 1978) – Pegada orquestral, tema que ganhou o Grammy de Melhor Composição Instrumental.
4. Children of Sanchez (trilha The Children of Sanchez, 1978) – Depois da intro com violão e voz de Don Potter, o flugelhorn de Chuck abraça o tema com uma sutileza impressionante.
5. Chase the Clouds Away (álbum Chase the Clouds Away, 1975) – Tema utilizado nos Jogos Olímpicos de Montreal (1976).
6. Give It All You Got (álbum Fun and Games, 1979) – A vibe certa do easy listening: a melhor definição de “acomode-se na sua cadeira e deixe-se levar por esse som”.
7. Hill Where the Lord Hides (álbum Friends and Love, 1970) – Faixa de abertura do álbum de um concerto de Chuck gravado em 1970, em Nova York, que lhe rendeu uma indicação ao Grammy no ano seguinte.
8. That’s Nice (álbum Eyes Of The Veiled Temptress, 1988) – Chuck renovado: todo este álbum traz uma energia de otimismo dos anos 1980/90, em uma fusão de jazz e pop com muita personalidade.
9. Eyes Of The Veiled Temptress (álbum Eyes Of The Veiled Temptress, 1988) – A faixa-título deste álbum é uma composição marcante em uma fase criativa.
10. Fun and Games (álbum Fun and Games, 1979) – Leve, dançante, representa bem seu flerte com o pop e boas doses de funk.
11. La Vie en Rose (álbum The Feeling 's Back, 1999) – Interpretação suave deste clássico francês, ao melhor estilo Chuck Mangione.
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